Na dedicatória do livro "Coelho Teimoso" de Elza Sallut, a autora escreve, "Dedico aos que andam no meio-termo: nem muito rápido como o coelho teimoso nem mole como uma tartaruga. Porque quem muito corre fica cansado. E quem mole é chega atrasado"
Uma vez eu ouvi de um amigo, que já nem sei mais se é amigo que as coisas mornas não interessam, ou é ou não é, mas quando falamos da minha doença do comer compulsivo, estar no meio termo me deixa em paz.
Já fui em três festas em "buffet" onde não comi absolutamente nada porque estava de dieta, tomei o cuidado de jantar antes e ingeri somente água em toda a festa. Mas nas outras três milhões de vezes que fui em festas em "buffet" comi compulsivamente do começo ao fim da festa.
Mas ontem, consegui ir num buffet e comer o suficiente, comi errado porque não comi frutas, verduras e legumes, mas optei por carboidratos assados ao invés dos fritos, comi devagar e não ingeri açúcar.
Em CCA, eu li e ouvi algumas vezes, "Entre oito e oitenta existem setenta e duas possibilidades".
Peço ao Poder Superior, que me ajude a não ser mais tão extremista, nem pelando e nem tão fria, que eu entenda que ser flexível, não é ser mais ou menos, mas é poder estar inteira em setenta e duas possibilidades.
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