Foi num churrasco com amigas queridas que dei a primeira mordida compulsiva, era vinagrete, só vinagrete, mas a mordida foi além, foi compulsiva, foi doentia e o suficiente para me levar a recaída. No mesmo dia já comi a mais, um pouco a mais e nas semanas seguintes muito a mais, é sempre assim.
O retorno ao açúcar não demorou muito, foi com resto daquelas pipocas doces de saquinho cor de rosa, eu não gosto daquilo, não faço questão de comprar, o marido comprou e não consumiu tudo, no dia seguinte peguei o que sobrou do saquinho e comi, estávamos em Itacaré, viagem de férias, depois já que tinha comido açúcar mesmo, qual problema teria comer biscoitos com açúcar, sorvete, cocadas e até tomar um cafezinho com açúcar que já não gosto mais? Comi mesmo agora dane-se!
Conheço bem este caminho, vou afundando aos poucos e quando vejo já estou atolada sem forças para sair. Como assim sem forças para sair? Tenho tudo o que preciso para voltar ao caminho da recuperação, tenho uma irmandade que me entende e que esta junto comigo, tenho um Deus que me ama e que cuida de mim, tenho livros escritos por pessoas que conseguiram voltar de recaídas como esta que estou vivendo, tenho este blog que consigo escrever o que esta se passando comigo, tenho um marido disposto a também cuidar do seu físico, tenho uma psicóloga bacana, tenho uma família grande e muitos amigos que são bênçãos em minha vida, que torcem por mim. Pra voltar é só voltar, e é hoje!
