quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

BANDEIJÃO DA USP

Estudar na USP? Nem em sonho. Sempre fui uma aluna mediana, sem a menor ideia do que faria na faculdade. Porém, me inscrevi para Publicidade em 1990, fui fazer a prova, lembro que me deram chocolate, copo de água, achei bacana aquela movimentação de pessoas em frente ao local de aplicação, mas a prova mesmo nem perto da segunda fase eu cheguei. Em 1991, foi a vez de me inscrever para Artes Cênicas na UNICAMP estava tão confiante que esqueci de ir fazer a prova. Essa sou eu ! 
Hoje sou professora de Arte, uma boa professora, dedicada, e gosto de fazer cursos que me façam crescer pessoalmente e profissionalmente, uma colega professora da rede de Diadema, que admiro muito, me informou que teria na USP um curso sobre Cultura Afro (o nome não é bem este ... é um nome enorme) no período das férias, compartilhei esta informação em um grupo de "whats app" e descobri que uma outra professora, sempre antenada em bons cursos, havia feito e ela me disse que o mesmo tinha sido muito bom. Poxa, essa seria a oportunidade de deixar o Zé trabalhando uma semana inteirinha, sem inventar mais viagens de férias, finalmente eu estudaria na USP, comeria no bandeijão, eu Gislaine Perdão que agora sou Perdon, iria comer no bandeijão da USP, rodeada por pessoas inteligentes, podeira até ser confundida como uma delas. Mas teria uma seleção, e não é que surpreendentemente, eu e minha amiga Sharon fomos selecionadas. UAU ! Depois ficamos sabendo que dos 180 inscritos apenas 30 haviam sido eliminados, isto porque não haviam escrito uma justificativa do porque queriam estar no curso. Primeiro dia de curso, venderam os tíquetes para o bandeijão, apenas três tíquetes, por R$ 10,00 cada, até pensei em dar um jeito para comprar para os cinco dias. Doze e trinta, hora do almoço, vai eu e a amiga Sharon, atrás do restaurante que ficava na Prefeitura, a Sharon colocou no GPS e lá fomos nós, éramos um grupo grande de famintos mas aos poucos a galera foi dispersando e os que ficaram estavam tão perdidos quanto nós, uma das professoras até sugeriu um Uber, claro que rejeitei a ideia, preciso andar, esta era a oportunidade, então sugeri que fossemos a um restaurante por quilo ao lado do curso, e que fossemos ao bandeijão no dia seguinte, se não fosse o horário do término do almoço que se aproximava, não teríamos tido a paciência de deixar o bandeijão para o dia seguinte. No quilo, gastei R$ 18,00, das três que sentaram juntas, eu fui a que mais gastei, comi um shimeji maravilhoso. Ontem, fomos ao bandeijão, lá aquela decepção, frango e tomate, não estou comendo arroz e feijão e carne de soja não rola, enquanto comia chegou o agrião. A Sharon saiu falando que o arroz integral estava duro e eu tentava convencê-la que arroz integral é duro mesmo. Hoje, quando caminhávamos para o restaurante, um homem repetiu as palavras da Sharon, que o arroz estava duro, lá eu vi carne, e não localizava legumes, quando perguntei a moça me disse que tinha batata, batata não é legumes é carboidrato e nem tomate tinha hoje, fiz uma prato de salada verde e tentei comer a carne, assumo que não sou muito fã de carne mas esta foi incomível. Peguei um pedaço de mamão que não estava maduro. Tudo bem, comida simples, não devo ser fresca, mas a quantidade que comi nestes dois dias juntos seria certamente menos de R$ 10,00 no restaurante por quilo. Encontrei um amigo do Estado, e eu e a Sharon prontamente lhe doamos os tíquetes que ainda tínhamos. Chega de bandeijão !!!!

Terça-Feira: 16/01
Arroz/feijão preto/arroz integral
Filé de frango à pizzaiolo
Opção: PVT molho rosé
Chucrute
Salada de tomate
Pavê de chocolate
Minipão/refresco
Fechado
Valor Calórico da Refeição: 990 Kcal
Quarta-Feira: 17/01
Arroz/feijão/arroz integral
Bife de contrafilé com azeitonas
Opção: Lentilha com molho de PVT
Batata sauté
Salada de alface
Mamão
Minipão/refresco
Fechado
Valor Calórico da Refeição: 855 Kcal



sábado, 13 de janeiro de 2018

RODÍZIO DE BOA COMPANHIA

Eu e o meu marido fomos visitar duas pessoas que amo muito em José Bonifácio, próximo a São José do Rio Preto, pais de um ex namorado, o namoro terminou há mais de vinte anos mas o carinho por toda a família permaneceu, apesar de não termos mais tanto contato. Foi uma viagem longa, que claro que comigo no volante ficou ainda mais longa. Na ida observei uma placa escrito Bauru, e lembrei que na cidade de Bauru eu tinha uma amiga de infância que também não via a muito tempo. Assim que chegamos no hotel, em José Bonifácio, fiz contato com a minha amiga e descobri que ela não morava mais em Bauru, havia mudado para Araraquara, joguei no Waze e descobri que era ainda mais fácil visitá-la na volta.

Foi maravilhoso, estar com ela depois de tantos anos, quantas coisas aconteceram neste intervalo, e uma delas é que agora, ambas possuem marido, e não é que os dois logo também estavam papeando. Foi o marido dela que atentou que já estava ficando tarde para sairmos para jantar e que precisávamos de um banho. A ideia era irmos comer uma porção de peixe, eu já sabia que rolaria uma fritura mas torci para que pudesse também encontrar disponível uma salada. Tomamos o banho e de repente uma chuva torrencial, o lugar de comer o peixe era aberto e a segunda ideia foi um rodízio de pizzas, até gelei, contei da dieta, quiseram abortar a ideia do rodizio mas não era justo, eu podia pagar, só não poderia comer tudo o que me oferecessem, lembrei de uma amiga que tinha passado pela mesma experiência, optar por sabores mais saudáveis, dar um tempo antes de começar a aceitar a pizza, dispensar a massa e ingerir apenas o recheio, na casa da minha amiga eu disse que comeria duas fatias, chegando lá alterei para três, mas na prática comi cinco fatias e meia. Palmito, escarola, alho poró, quando estava na metade de outra fatia de palmito ofereceram a de brócoli, passei a de palmito para o prato do Zé e encerrei com uma fatia de peito de peru, as fatias não eram grandes mas todas tinham queijo, estava uma delicia, a pizza, o lugar e é claro a companhia.
Optei em não beber nada, lá serviam suco de laranja como se fosse chopp, numa espécie de chopeira eu não tenho o hábito de beber com a comida, até pensei em provar por ser uma novidade, mas como a minha amiga disse que tinha açúcar optei em não beber, isto foi fácil. Os garçons sabiam da minha dieta, eu os proibi de me oferecerem a pizza doce, nem o prato permiti que colocassem na mesa, ofereceram pizza de Ovomaltine, churros e até de sorvete.
Esta o Zé não resistiu, eu preferi guardar a pizza de sorvete, nunca vista antes, na foto que vou anexar neste post.

Viajamos na mesma noite, o queijo da pizza não caiu muito bem, pelo fato de eu não ter a vesícula sempre que como queijo gordo a noite, fico coaxando como se fosse um sapo, normal.

Chegamos hoje em casa, subi na balança 800 gramas a mais, mas esta variação tem a ver com pesar pela manhã e pesar durante noite e não por ter comido demais. Que delícia poder ir em lugares de muita comilança e não me entupir mais como eu fazia antes, que delícia sair de um rodizio de pizza e apesar das pizzas serem maravilhosas, deixar registrado no coração apenas o sabor da boa companhia, de estar num bom ambiente e do sabor de ser bem atendida.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A FOME ME DEIXOU SURDA

Este final de semana foi maravilhoso eu e o Zé, fomos na casa de um casal de primos queridos que pela primeira vez não haviam passado o revéillon com a gente, queríamos dar lhes um abraço e como moram em Santos aproveitar para passar uns dias na praia, temos o privilégio de termos vários amigos que possuem casas no litoral. E fizemos uma maratona de "Encontro de Primos Bonitos", tenho muitos primos, e gostamos de estar juntos, passamos por Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande e combinamos de encerrar a maratona em Santos, como o tempo não ajudou,  o que era pra ser um encontro na praia, com banho de mar, água de coco e milho verde, virou um churrasco dentro de um apartamento. A prima anfitriã, não é uma das primas mais pontuais que tenho, os atrasos dos "Boins" é algo já previsível, quando a prima que estava comigo recomendou um restaurante para almoçarmos juntos mas que deveríamos chegar as 12h, já abortei a ideia ali, almoçar com esta prima às 12h, é missão impossível, talvez role até um café da manhã neste horário mas um almoço é forçar demais a natureza. Às 12h, eu e o Zé estávamos na casa de um casal de amigos na Praia Grande e só chegamos para almoçar as 14h, claro que eu já estava verde de fome, havíamos tomado o café da manhã cedo, quando chegamos no apartamento fui recebida pela Bia, não ela não é a minha prima e sim a cachorra da minha prima, não sou fã de cachorros não merecia mas fui recebida com muita euforia pela cachorrinha, mas o meu foco era a carne, nem gosto de carne, mas estava com muita fome, várias mulheres estavam reunidas na cozinha preparando os acompanhamentos, mas quando olhei para a churrasqueira, não tinha carnes, nem um espetinho de coração, o meu primo estava tentando acendê-la, então fui informada que a carne estava a caminho, me desesperei, socorro, estou com fome !! Foi então, que liguei para o casal de primos, que estavam a caminho e relatei o fato, a minha prima que nesta altura também estava como uma fominha, claro que não do tamanho da minha,  sugeriu o Jhony, um quiosque bem ali perto, o Zé desde que chegou falava de comer uma porção de camarão, esta seria a oportunidade perfeita, eu não aguentaria aguardar a carne chegar, assar com a cachorrinha latindo, era serenidade demais para uma comedora compulsiva faminta. Assim que chegamos no quiosque já pedimos a porção de camarão, depois esperamos os outros primos, quando chegaram decidimos que os três comeriam alguns petiscos ali e que depois almoçariam no apartamento, eu já tinha dito que jantaria lá mas  que meu almoço seria no quiosque. Pedi um lanche de salmão, eu já sabia que os lanches seriam grandes, e que viria com alface, vinagrete, maionese, pão e batata, não comeria tudo, dividira com quem quisesse. Primeiro chegou o camarão, comi apenas cinco, fritura não é bacana para quem quer emagrecer, mas como não é sempre que como camarão na praia me permiti comer cinco camarões e aguardar o lanche que chegou com todos os ingredientes juntos e era muita batata palha, muita mesmo. Se é pra ingerir fritura que seja na porção de camarão e não na batata palha, tentei fugir dela o máximo que pude, mas não foi uma refeição saudável.



A porção de isca de peixe, pedida pelos primos, demorou bastante e quando chegamos no apartamento do sogro da minha prima, fui informada que até peixe quase assado tinha quando eu cheguei lá, arroz, feijão, .... além de brócolis, berinjela, abobrinha, banana, ... tudo bem mais saudável do que o lanche da foto acima.
Meu marido e primos almoçaram, eu fiquei com o lanche do Jhony como almoço, depois de um tempo, comi uma banana que coloquei no meio do carvão, saímos pra tomar sorvete, claro que eu não tomei, estou bem empenhada em perder peso, mas antes de ir já separei num pratinho, os legumes que seriam minha janta, na volta esquentei tudo no micro-ondas e comi. Poxa vida, se eu não tivesse com tanta fome, teria ouvido a minha prima dizer tudo o que já tinha pronto, teria ouvido o que o meu marido e os demais primos queriam fazer, e certamente teria tido um almoço mais saudável, mas por outro lado meu marido teria ficado sem sua porção de camarão. É, não foi de todo ruim minha surdez.